As luxações acromioclaviculares correspondem a 10% das luxações na região do ombro. O sexo masculino é o mais afetado (5:1), e as lesões são mais comuns na segunda década de vida.
A lesão é quantificada segundo o seu desvio e achado de exames de imagem. Essa graduação varia de I a VI.
O tratamento das luxações acromioclaviculares varia de acordo com a severidade e o tempo de evolução da lesão. Nas lesões agudas tipos I e II, há consenso na literatura sobre o tratamento conservador. O tratamento recomendado inclui o uso de analgésicos e imobilização em tipóia até a melhora da dor.
As lesões agudas tipo III ainda não possuem um consenso a respeito do seu tratamento. A maioria dos estudos comparando resultados de tratamentos não-cirúrgicos e cirúrgicos encontra-se bons e excelentes resultados em ambos os grupos. Na minha opinião, opto pelo tratamento cirúrgico destas lesões.
As lesões agudas tipo IV, V, VI são tratadas cirurgicamente.
As luxações não-reduzidas, sintomáticas e crônicas são tratadas preferencialmente pelo método cirúrgico.
A técnica utilizada por mim, combina a transferência do ligamentar associada a técnica de fixação percutânea da articulação acromo-clavicular.
O tratamento por via artroscópica ainda não trazem resultados seguras e apresentam alto índices de recidivas.