A tendinite calcárea é uma patologia comum, caracterizada pelo depósito de cristais de hidroxiapatita no interior dos tendões do manguito rotador.
No ombro, vários termos vem sendo utilizados para descrever essa doença, como peritendinite calcárea, peritendinite calcificante, calcificação periarticular ou doença de Duplay.
As mulheres são acometidas com maior freqüência que os homens, e a faixa etária mais atingida situa-se entre 30 e 50 anos. A doença é bilateral em 25% dos casos, e a calcificação assintomática do manguito rotador é encontrada em 2,7% a 20% em indivíduos assintomáticos.
O tendão mais acometido é o do supra-espinal (74%), podendo chegar a 90% de acometimento em associação com o tendão do músculo infra-espinhal. A maior parte dos pacientes evoluem de forma espontânea para a remissão da doença, dessa forma, a função inicial ortopedista é proporcionar analgesia e manutenção de função da articulação do ombro através de analgésicos, antiinflamatórios não hormonais e fisioterapia.
Apesar da forte tendência a resolução espontânea, em alguns casos a doença para em um determinado estágio de sua evolução natural, causando dor e limitação de função aos pacientes. Nesses casos a remoção artroscópica dos depósitos de cálcio está idicada.